Qual o Melhor Regime para Engenheiros em 2025? Simples, Presumido ou Real?
Para engenheiros que atuam como prestadores de serviço, a escolha do regime tributário é uma decisão estratégica que pode influenciar diretamente na rentabilidade do negócio. Com as mudanças econômicas e fiscais de 2025, é ainda mais importante revisar as opções disponíveis e escolher aquela que melhor se adapta à realidade da empresa.
Neste artigo, vamos comparar os três principais regimes tributários — Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real — e mostrar qual pode ser mais vantajoso para engenheiros em diferentes cenários de faturamento, estrutura e operação.
1. Simples Nacional: Quando Vale a Pena para Engenheiros
O Simples Nacional é o regime mais buscado por profissionais que estão iniciando suas atividades ou mantêm uma estrutura enxuta, com faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano.
Vantagens:
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Unificação de tributos em uma única guia (DAS);
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Alíquotas iniciais reduzidas (podendo começar em 6% no Anexo III);
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Menor complexidade de gestão fiscal;
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Menor custo de conformidade contábil.
Desvantagens:
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A depender da atividade, o engenheiro pode cair no Anexo V, cuja alíquota inicial é de 15,5%;
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A empresa pode pagar mais tributos se não atender ao Fator R (folha de pagamento menor que 28% do faturamento).
Dica:
Se o engenheiro tiver funcionários registrados ou um pró-labore alto o suficiente, pode usar o Fator R e ser enquadrado no Anexo III, o que reduz a alíquota inicial para 6% e representa uma economia significativa.
2. Lucro Presumido: Para Quem Já Fatura Mais ou Não Está no Simples
O Lucro Presumido é indicado para engenheiros que:
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Faturam mais de R$ 30 mil por mês de forma consistente;
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Já ultrapassaram o limite do Simples Nacional;
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Possuem custos baixos com folha de pagamento (e, por isso, não se beneficiam do Fator R).
Como funciona:
A base de cálculo do imposto é uma presunção de lucro sobre o faturamento:
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8% do faturamento para IRPJ;
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12% do faturamento para CSLL (atividades de engenharia são consideradas prestação de serviços técnicos).
As alíquotas efetivas somadas giram entre 13,33% a 16,33%, dependendo da atividade e da retenção de ISS no município.
Vantagens:
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Possibilidade de pagar menos impostos do que no Simples para empresas de médio porte;
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Sem necessidade de alta folha de pagamento para manter alíquota baixa;
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Flexibilidade em contratos maiores e participação em licitações.
Desvantagens:
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Gestão fiscal um pouco mais complexa;
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Pagamento de impostos mesmo se a empresa estiver com margens apertadas, pois o lucro é presumido, e não real.
3. Lucro Real: Para Engenheiros com Estrutura Complexa
O Lucro Real é o regime obrigatório para empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões ao ano, mas também pode ser escolhido por empresas menores em casos específicos.
Quando pode valer a pena:
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Empresa com margens de lucro reduzidas;
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Muitos custos operacionais e deduções legais;
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Projetos de engenharia de grande porte e com alto volume de insumos, despesas e encargos.
Vantagens:
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Impostos são calculados com base no lucro real da empresa, permitindo deduzir custos e despesas operacionais;
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Mais justo em casos de baixa lucratividade;
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Possibilidade de usar créditos tributários.
Desvantagens:
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Elevada complexidade contábil;
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Custo de conformidade mais alto;
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Exige apuração mensal e controles rigorosos;
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Mais sujeito à fiscalização.
Comparativo Prático entre os Regimes
Regime Tributário | Alíquota Inicial | Exigência de Fator R | Indicado Para |
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Simples Nacional | 6% a 15,5% | Sim (para Anexo III) | Engenheiros iniciantes, autônomos e pequenas equipes |
Lucro Presumido | 13,33% a 16,33% | Não | Empresas com faturamento médio e estrutura enxuta |
Lucro Real | Variável | Não | Empresas com alta despesa operacional ou margens reduzidas |
Outros Fatores a Considerar
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Tipo de contrato: Serviços prestados a grandes empresas ou órgãos públicos podem exigir regime fora do Simples.
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Retenção de tributos: O Simples evita retenções na fonte, o que pode ser vantajoso no fluxo de caixa.
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Distribuição de lucros: Nos três regimes, a distribuição de lucros é isenta de IR, desde que haja escrituração contábil regular.
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Crescimento da empresa: O regime deve acompanhar o crescimento do negócio. O que é vantajoso hoje pode não ser amanhã.
Planejamento é o Melhor Caminho
Não existe um regime único que seja melhor para todos os engenheiros. A escolha ideal depende do faturamento, da estrutura da empresa, do tipo de cliente atendido e da expectativa de crescimento.
Com o suporte de uma contabilidade especializada, é possível simular os cenários, avaliar os impactos fiscais de cada regime e tomar decisões com segurança e economia.
A Salazar Contabilidade é especialista em empresas de Engenharia
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